Nos últimos anos, a tecnologia vem crescendo e ganhando espaço rapidamente, principalmente entre as novas gerações de crianças e jovens. Uma das principais características da última geração foram os videogames nos quais houveram uma revolução proporcionada por novas formas de interação com os jogos. O uso de novos consoles como do Wii (NINTENDO®), XBOX 360 KINECT (MICROSOFT®) e PLAYSTATION 3 (SONY®), trouxe para a sala de estar uma maneira mais natural do jogador interagir com o jogo. Substituiu o apertar de botões de um joystick muitas vezes de um controle simplificado pela associação dos movimentos do corpo.
Mas até onde o uso dessas tecnologias é benéfico para nossas crianças e jovens?
O aparecimento dessas tecnologias fez com que houvesse uma diminuição nas brincadeiras de rua, o futebol com os amiguinhos nas escolas básicas, o pega-pega, mãe-da-rua e todas as outras brincadeiras tradicionais e as atividades que trabalham a capacidade cardiorrespiratória em crianças e adolescentes que não podem fazer academias convencionais também vêm desaparecendo ou ficando menos acessada pelos mesmos. Não praticar atividades que ativam a capacidade aeróbia em crianças e adolescentes, provoca a perda do humor, a depressão, o aumento do estresse, diminui a autoestima e socialização, diminuição nos sistemas de imunidade do corpo e na qualidade do sono, enfraquece a musculatura do coração diminuindo a capacidade cardiorrespiratória, perda do nível do colesterol bom (HDL), diminuição da resistência à fadiga, acarretando desinteresse nas atividades do dia-a-dia inclusive nos estudos, contribui no aparecimento de doenças como hipertensão, diabetes, obesidade. (MARCHETTI et al. 2011).
Com o surgimento de novas tecnologias, como os videogames com interatividade ou não, as brincadeiras tradicionais não são mais prioridade na lista de afazeres da maioria das crianças. (FAUSTINE, 2008). O brincar vem se modificando cada dia mais, por vários motivos, principalmente pela falta de segurança nas ruas, até mesmo pela falta de tempo dos pais que estão trabalhando cada vez mais, deixando como ocupação para seus filhos fora do horário de aula os computadores, videogames, as facilidades da tecnologia. Com isso, as brincadeiras vêm se tornando cada vez mais virtuais, o que não quer dizer que isso seja ruim já que houve recentemente o surgimento de jogos de interação corporal. (MONTEIRO, 2008).
Assim, pode-se então utilizar as tecnologias a favor da educação física, os movimentos executados dos novos jogos dos consoles de interatividade, podem propiciar, ou melhor, devolver as atividades que trabalham a capacidade cardiorrespiratória, reavendo assim, todos os benefícios dos jogos e atividades lúdicas que a tempo foram esquecidas.
Felipe Moreira.
Trabalho de Conclusão de Curso em Educação Física na Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
12/2013
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